quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O ESTILO BELGIAN PALE ALE SEGUNDO O BJPC

Por Letícia Souza Gomes e Artur Neves


O BJCP (Beer Judge Certification Program) define as diretrizes de estilo para cerveja. Nesse guia podemos encontrar todos os estilos conhecidos até hoje, analisando a cerveja sob todos os aspectos: cor, aroma, sabor, corpo, densidade, teor alcoólico e muito mais.

Belgian Pale Ale

Pale Ale Belga

Aroma: Aroma proeminente de malte com caráter frutado moderado e aroma baixo de lúpulo. Aroma tostado e de biscoito proveniente de malte. Pode apresentar caráter frutado semelhante a laranja ou pera, embora não seja tão frutada/cítrica quanto muitas outras ales belgas. Caráter distintamente floral ou condimentado. Caráter de lúpulo variando de baixo a moderado, opcionalmente misturado ao apimentado e fenólico condimentado em segundo plano. Diacetil ausente.

Aparência: Coloração de cobre a âmbar. Translucidez muito boa. Colarinho quase branco, cremoso e com persistência normalmente mais baixa do que de outras cervejas belgas.

Sabor: Frutada, variando de leve a moderadamente condimentada, maltosidade macia, caráter de lúpulo leve e presença de fenóis de baixa a muito baixa. Pode apresentar um frutado semelhante a laranja ou pera, embora não seja tão frutada/cítrica quanto muitas outras ales belgas. Tem um inicio macio e adocicado de malte, com sabor tostado de biscoito e nozes. O sabor do lúpulo varia de baixo a nenhum. O amargor do lúpulo é de médio a baixo e opcionalmente complementado por baixas quantidades de fenóis apimentados. O  final varia de moderadamente seco e moderadamente doce, com lúpulos mais evidentes em cervejas de final mais seco.

Sensação de Boca: Corpo de médio a médio-baixo. O nível de álcool é contido e qualquer caráter de calor deve ser baixo, quando presente. Nenhum caráter quente de álcool ou solvente. Carbonatação média.

Impressão Geral: Uma ale acobreada, moderadamente maltosa, um tanto condimentada e fácil de beber.

História: Produzida em cervejarias com raízes de meados do século XVIII. Os exemplares mais conhecidos foram aperfeiçoados após a Segunda Guerra Mundial com alguma influência da Grã-Bretanha, incluindo variedades de lúpulos e linhagens de leveduras.

Comentários: Normalmente encontrada nas províncias Flamencas de Antwerp e Brabant. São consideradas cervejas “cotidianas” (Categoria I). Comparadas com suas primas da Categoria S, de teor alcoólico mais elevado, as Belgian Pale Ales são session beers belgas, devido à sua alta drinkability. Nada deve estar muito pronunciado ou dominar; a chave é o equilíbrio.

Ingredientes: Malte Pilsen ou pale ale contribuem com a base dos maltes, sendo os maltes (Cara) Viena e Munique usados para adicionar cor, corpo e complexidade. Normalmente não se adiciona açúcar, já que uma alta densidade não é desejada. Lúpulos nobres, Styrian Goldings, East Kent Goldings ou Fuggles são comumente usados. Leveduras propensas a moderada produção de fenóis são usados, mas a temperatura deve ser mantida moderada para controlar esse caráter.

Estatísticas: OG: 1,048 – 1,054

IBUs: 20 – 30 FG: 1,010 – 1,014

SRM: 8 – 14 ABV: 4,8 – 5,5%


OG – Original Gravity: Densidade Original. Medida da densidade do mostoantes da fermentação, que varia com a quantidade de açúcares em solução.

IBU – International Bittering Units: Unidades Internacionais de Amargor. Escala referente ao amargor do lúpulo.

FG – Final Gravity: Densidade Final. Medida da densidade do mosto fermentado. A relação entra a OG e a FG ajuda a estimar o teor alcoólico da cerveja final.

SRM – Standard Reference Method: Método Padrão de Referência, relativo à cor da cerveja, sendo valores mais baixos para cores mais claras e valores mais altos para cores mais escuras.

ABV – Alcohol by Volume: Volume de álcool por volume total de líquido (álc./vol.). Expressa o teor alcoólico.

CERVEJAS NACIONAIS:

·         Saint Bier Belgian Pale Ale

·         Gauden Bier Pale Ale

·         Bento Bier Belgian Pale Ale
 


 

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