terça-feira, 12 de agosto de 2014

O ESTILO ENGLISH PALE ALE SEGUNDO O BJCP

Por Letícia Souza Gomes e Artur Neves

O BJCP (Beer Judge Certification Program) define as diretrizes de estilo para cerveja. Nesse guia podemos encontrar todos os estilos conhecidos até hoje, analisando a cerveja sob todos os aspectos: cor, aroma, sabor, corpo, densidade, teor alcoólico e muito mais.


ENGLISH PALE ALE

PALE ALE INGLESA

Aroma: Os melhores exemplos possuem algum aroma de malte que muitas vezes (mas nem sempre) lembra caramelo. Um leve a moderado aroma frutado é comum. Aroma de lúpulo de moderado a nenhum (tipicamente de variedades inglesas, embora variedades americanas também possam ser utilizadas). Geralmente sem diacetil, mas pequenos níveis são aceitáveis.

Aparência: Coloração de amarelo claro a cobre claro. De bem límpida a brilhante. Colarinho de baixo a moderado com coloração de branca a quase branca. Pode ter pouco colarinho devido à baixa carbonatação.

Sabor: Amargor de médio a alto. A maioria possui ésteres frutados em quantidade de moderadamente baixa a moderadamente alta. Sabor de lúpulo moderadamente baixo (tipicamente com variedade inglesa, terroso, resinoso, e/ou floral, embora variedades americanas também possam ser utilizadas). Sabor de malte de baixo a médio com uma finalização seca. Sabor de caramelo é comum, mas não obrigatório. Equilibrada normalmente para o lado do amargor, mas sem subjugar por completo os sabores de maltes, ésteres e lúpulos. Geralmente sem diacetil, apesar de níveis baixos serem aceitos.

Sensação na Boca: Corpo de leve a médio-leve. Baixa carbonatação, embora exemplos engarrafados ou enlatados possam ter uma carbonatação moderada.

Impressão Geral: Densidade, álcool e carbonatação baixos fazem com que sejam cervejas fáceis de beber. Alguns exemplares podem ser mais equilibrados para o malte, mas sem subjugar a impressão geral de amargor. A drinkability é um componente crítico do estilo. A ênfase ainda é na adição de lúpulos para amargor, ao contrário da adição agressiva do meio ao final praticada nos estilos americanos de ales.

História: Originalmente uma ale de barril servida bem fresca, sem pressurização (pela gravidade ou bombeado a mão) e à temperatura de adega (uma "real ale"). A Bitter foi criada como uma alternativa de barril para a pale ale produzida no interior no início do século XX e se espalhou assim que os cervejeiros aprenderam como "Burtonizar" a água para produzir com sucesso cervejas desse estilo e como utilizar maltes cristal para adicionar mais corpo e deixar o paladar mais redondo.

Comentários: A mais leve das bitters. Também conhecida apenas como "Bitter". Algumas variantes modernas são produzidas exclusivamente com malte pale e são conhecidas como Golden ou Summer bitters. A maior parte das que são produzidas no Reino Unido e que são engarrafadas ou envasadas em barris tipo keg são versões mais alcoólicas da versão de barril local, sendo específicas. para exportação. Os níveis de amargor (IBU) normalmente não são ajustados, então as versões disponíveis nos EUA normalmente não correspondem diretamente com a sua subcategoria de estilo na Inglaterra. As Diretrizes de Estilo refletem a versão "real ale" do estilo, não as versões comerciais formuladas para exportação.

Ingredientes: Maltes pale ale, âmbar e/ou cristal e pode utilizar um pouco de malte escuro para ajuste de cor. Pode utilizar adjuntos de açúcar, milho ou trigo. Lúpulos ingleses são mais típicos, embora variedades americanas e europeias estão se tornando mais comuns (particularmente em exemplos mais claros). Levedura inglesa característica. Muitas vezes é utilizada água com quantias medianas de sulfatos.

Estatísticas: OG: 1,032 – 1,040

IBUs: 25 – 35 FG: 1,007 – 1,011

SRM: 4 – 14 ABV: 3,2 – 3,8%


OG – Original Gravity: Densidade Original. Medida da densidade do mostoantes da fermentação, que varia com a quantidade de açúcares em solução.

IBU – International Bittering Units: Unidades Internacionais de Amargor. Escala referente ao amargor do lúpulo.

FG – Final Gravity: Densidade Final. Medida da densidade do mosto fermentado. A relação entra a OG e a FG ajuda a estimar o teor alcoólico da cerveja final.

SRM – Standard Reference Method: Método Padrão de Referência, relativo à cor da cerveja, sendo valores mais baixos para cores mais claras e valores mais altos para cores mais escuras.

ABV – Alcohol by Volume: Volume de álcool por volume total de líquido (álc./vol.). Expressa o teor alcoólico.

CERVEJAS NACIONAIS:

·         Bierland English Pale Ale

·         Diabólica English Pale Ale

·         Ouropretana Pale Ale

·         Backer Pale Ale

·         Baden Baden 1999
 
 
 
 

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