sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O ESTILO SWEET STOUT SEGUNDO O BJCP

Por Letícia Souza Gomes e Artur Neves


O BJCP (Beer Judge Certification Program) define as diretrizes de estilo para cerveja. Nesse guia podemos encontrar todos os estilos conhecidos até hoje, analisando a cerveja sob todos os aspectos: cor, aroma, sabor, corpo, densidade, teor alcoólico e muito mais.

Sweet Stout

Stout Doce

Aroma: Aroma de cereais suavemente tostados, algumas vezes com notas de café e/ou chocolate. A impressão de um dulçor cremoso frequentemente está presente. O frutado pode ser de baixo a moderadamente alto. Diacetil de baixo a nenhum. Aroma de lúpulo de baixo a nenhum.

Aparência: Coloração de marrom muito escuro a preto. Pode ser opaca (caso contrário deve ser límpida). Colarinho de bege a marrom, de caráter cremoso.

Sabor: Assim como na Dry Stout, cereais e maltes de torra escura dominam o sabor e proporcionam sabor de café e/ou chocolate. O amargor de lúpulo é moderado (mais baixo do que na Dry Stout). O dulçor, que varia de médio a alto (frequentemente devido à adição de lactose), proporciona um contraponto ao caráter torrado e amargor do lúpulo, e permanece até o final. Ésteres frutados variando de baixos a moderados. Diacetil de baixo a nenhum. O equilíbrio entre cereais/maltes escuros e o dulçor pode variar de razoavelmente doce a moderadamente seco e um pouco torrado.

Sensação de Boca: Corpo de médio-cheio a muito cheio e cremoso. Carbonatação de baixa a moderada. Presença de alto dulçor residual proveniente de açúcares não fermentados, que aumenta a sensação de completude na boca.

Impressão Geral: Ale muito escura, doce, muito encorpada e levemente torrada. Frequentemente apresenta sabor de café expresso adoçado.

História: Um estilo inglês de Stout. Historicamente conhecida como “Milk” ou “Cream Stout”, legalmente essa designação não é mais permitida na Inglaterra (embora seja aceita em outros lugares). O nome “Milk” vem do uso da lactose (açúcar do leite) como adoçante.

Comentários: Na Inglaterra as densidades são baixas, porém mais altas para as cervejas produzidas para exportação e norte-americanas. Existem variáveis abertas a interpretação, como o nível de dulçor residual, intensidade do caráter torrado e equilíbrio entre ambos.

Ingredientes: O dulçor na maioria das Sweet Stouts provém do nível de amargor mais baixo do que da Dry Stout e de uma maior porcentagem de dextrinas não fermentáveis. Lactose, um açúcar não fermentável, é frequentemente usada para adicionar dulçor residual. Base de malte pale, podendo-se usar cevada torrada, malte Black, malte chocolate, malte cristal e adjuntos como milho e melado. Água com alto teor de carbonatos é comum.

Estatísticas: OG: 1,044 – 1,060

IBUs: 20 – 40 FG: 1,012 – 1,024

SRM: 30 – 40 ABV: 4 – 6%


OG – Original Gravity: Densidade Original. Medida da densidade do mostoantes da fermentação, que varia com a quantidade de açúcares em solução.

IBU – International Bittering Units: Unidades Internacionais de Amargor. Escala referente ao amargor do lúpulo.

FG – Final Gravity: Densidade Final. Medida da densidade do mosto fermentado. A relação entra a OG e a FG ajuda a estimar o teor alcoólico da cerveja final.

SRM – Standard Reference Method: Método Padrão de Referência, relativo à cor da cerveja, sendo valores mais baixos para cores mais claras e valores mais altos para cores mais escuras.

ABV – Alcohol by Volume: Volume de álcool por volume total de líquido (álc./vol.). Expressa o teor alcoólico.

CERVEJAS NACIONAIS:

·         Basement Sweet Stout

·         Burgman Sweet Stout


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