Acredita-se que a descoberta
da cerveja aconteceu a partir de cereais deixados expostos ao relento e, assim,
teriam sido fermentados por leveduras presentes no ar.
A origem documentada da
cerveja data de 6000 a.C, na região entre os rios Tigre e Eufrates, onde viviam
sumérios e babilônios. Esses povos já fabricavam mais de 20 tipos de cerveja de
cevada, trigo e mel.
No Egito, a cerveja ganhou
status de bebida nacional e era fabricada por sacerdotisas. Zythos era a
cerveja egípcia que, além do uso como bebida, era usada em rituais religiosos e
também como medicamento.
Na Idade Média, a produção
de cerveja ficou a cargo dos monges. Nessa época já existia maior preocupação
com o sabor da cerveja e em deixá-la mais nutritiva. Entra em cena o lúpulo que
substitui outras ervas usadas na fabricação da cerveja.
Monges beneditinos da cidade
de Freising, na Alemanha, foram os primeiros a receber uma autorização
profissional para fabricar e comercializar cerveja. Isso, em 1040, na
Cervejaria Weihenstephan, ainda em funcionamento e com o título de cervejaria
mais antiga do mundo!
Em 1516, o Duque Wilhelm IV
da Baviera criou a Reinheitsgebot – a Lei de Pureza Alemã. A partir dessa lei tornou-se ilegal o uso de
outros ingredientes na produção de cerveja que não fossem água de boa
qualidade, cevada e lúpulo. Naquela época ainda não se conhecida a levedura ou
fermento, uma vez que a fermentação da cevada acontecia pelas leveduras
presentes no ar. Mais tarde foram incluídos o trigo e o fermento na lei de
pureza alemã, seguida por muitas cervejarias artesanais no Brasil e no mundo.
No século XX ocorrem
descobertas importantes que contribuem para a produção de cerveja no mundo: a
descoberta da levedura de baixa fermentação (Fermento Lager), utilizada na
produção da cerveja Pilsen, a mais consumida no mundo e, Louis Pasteur
desenvolveu o processo de pasteurização, com o qual permitiu a conservação da
cerveja engarrafada por mais tempo.
No Brasil, até o início do
século XIX, a produção de cerveja era feita em pequena escala, por famílias de
imigrantes, para consumo próprio. Com a chegada da família real portuguesa, em
1808 e, posteriormente, com a abertura dos portos às nações amigas, teve início
o desenvolvimento da produção de cerveja no país, aumentando também o seu
consumo.
Na década de 30, pequenas
fábricas de cerveja se instalam no Brasil, permitindo um maior consumo da
bebida que tinham um preço menor, em relação às cervejas inglesas trazidas em
barris.
As primeiras cervejas
fabricadas no Brasil eram conhecidas como cerveja de barbante, por causa do
amarrado de barbante usado para segurar a rolha. Essas cervejas eram feitas com
farinha de milho, gengibre, casca de limão e água.
Pequenas fábricas de
imigrantes e filhos de imigrantes se espalharam pelo país, mas fábricas maiores
passaram a comprar as cervejarias menores, dificultando seu crescimento e
diminuindo a variedade de cervejas.
Na década de 70, nos Estados
Unidos, surge o movimento “The Craft Beer Renaissance”. Esse movimento
estimulou o renascimento da cerveja artesanal, com o surgimento de milhares de
cervejarias artesanais nos Estados Unidos e na Europa. Foram resgatados estilos de cerveja, primando a qualidade e
tradições da bebida.
No Brasil esse movimento é
recente, por volta de uma década, mas já apresenta excelentes
micro cervejarias, com cervejas premiadas em concursos internacionais, mostrando
a qualidade das cervejas produzidas. Bem vindo ao Guia das Cervejas Artesanais
do Brasil. Embarque nessa viagem e conheça as cervejarias brasileiras que estão
conquistando seu espaço no mundo!
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